quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Política

MPF indicia sobrinho do deputado João Maia por corrupção passiva O Ministério Público Federal denunciou ontem o sobrinho do deputado federal João Maia (PR), Gledson Maia, e o funcionário da empresa paranaense Arteleste, Túlio Gabriel de Carvalho Beltrão Filho, pelo crime de corrupção passiva. Os dois foram flagrados no dia 4 de novembro em uma churrascaria de Natal quando Túlio Gabriel repassou suposta propina de R$ 58.950,00 em dinheiro a Gledson Maia, ex-chefe de engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Rio Grande do Norte (DNIT/RN). A possível fraude, de acordo com o MPF, estaria relacionada a uma obra na ponte Felipe Guerra, sobre o rio Açu, que foi contratada com dispensa de licitação junto à empresa Arteleste com o valor de R$ 13.778.908,64. No entanto, a denúncia não corresponde à investigação da operação Via Ápia.
Também no dia 4 de novembro, quando ocorreram as prisões de Gledson Maia e de Túlio Gabriel - que foi solto no mesmo dia -, mais cinco pessoas foram detidas. Os engenheiros Luiz Henrique Maiolino de Mendonça, Frederico Eigenheer Neto, Andrev Yuri Barboza Fornaziere, Gilberto Ruggiero, além do ex-superintendente do DNIT Fernando Rocha, continuam detidos, assim como o sobrinho de João Maia, por suposta participação em um esquema de corrupção referente às obras de duplicação na BR-101. Porém, de acordo com um procurador federal Ronaldo Pinheiro de Queiroz, as investigações sobre este caso ainda estão em curso. "Só oferecemos a denúncia sobre o caso específico dos dois (Gledson Maia e Túlio Gabriel), que foram presos em flagrante. As investigações sobre o caso da BR-101 devem ser concluídas na primeira quinzena de dezembro", acredita.
Assinada por cinco procuradores, a denúncia contra Gledson Maia e Túlio Gabriel tem alguns pontos sob sigilo. Entre eles, o conteúdo de uma lista que estava em poder do então chefe de engenharia do DNIT com abreviaturas dos nomes de empresas que participam da obra da BR-101, e também com os valores que possivelmente seriam recebidos por Gledson Maia dessas empreiteiras. "Precisamos ter cautela com relação aos nomes das empresas porque muitas delas são apenas siglas e não temos ainda a confirmação se são as empresas que suspeitamos", explicou Ronaldo Pinheiro.


Fonte: Jornal de Fato

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